polianidades

domingo, outubro 29, 2006

Brilho da esperança...

O dia se foi e tudo que posso dizer é que por mais quieto e monótono, foi incrivelmente lindo. Hoje tudo estava em volta da palavra "believe", believe in life, believe in love, believe...
Nas últimas semanas me sinto muito estranho, ou melhor, me sinto diferente por acreditar mais em mim e ter dado a mim mesmo o amor que atribuía ao outro alguém. Percebo que depois de tanto sofrimento consigo finalmente começar a arrumar as minhas gavetas internas, aos poucos coloco cada qual em seu devido lugar, o meu amor próprio acima de todas as coisas, a minha pessoa diante de tudo e de todos, somente depois dessa grande descoberta interna eu me sinto forte, me sinto feliz e em paz com o cósmos.
A palavra da vez é permitir e assim vou tecendo mais uma reflexão sobre a minha pessoa, num certo dia depois de passar a noite chorando por aquilo que não possuía, decidi ser feliz e comecei o processo de autoconhecimento e de crescimento interior, esperei o momento de ter de volta o amor do passado e a ele me dedicar como se fosse a última vez, pensei em chorar por mais uma chance e me humilhar por um carinho que poderia não se concretizar. Decidi parar a minha vida em prol dele e de um ninguém que me deixou sem deixar explicações. Neste período fui me conhecendo e me percebendo, escrevendo, lendo, falando, cantando, rindo e chorando, e ao longo deste processo me descobrindo como uma pessoa que nunca tinha visto antes, alguém que é forte e ao cair consegue se levantar e continuar firme em suas convicções e acreditando no amor.
Neste período de reclusão amorosa, afetiva e sexual, pude dar a pessoa mais importante do mundo toda a atenção e carinho que tenho no peito, esta pessoa foi se descobrindo e se amando a cada dia, emagreceu uns 6 quilos, começou a se sentir valorizada por ela mesma, deixou de se preocupar como os outros e fazer tudo por e para eles e começou a fazer isso apenas por ela mesma, aprendeu uma palavra mágica que no passado era proibida de dizer e depois que se permitiu diz cada vez que sente a necessidade, consegue virar com toda classe e educação e dizer em bom tom NÃO a tudo que aquilo que a afeta e não a pertence.
Aprendi a deixar cada pessoa com o seu problema e desta maneira respeitando-a na decisão e na escolha que por ventura tomar, não traz mais consigo nenhum problema, e quando estes atravessam as barreiras dos limites diz automaticamente a palavra mágica e sai para dar uma volta, oxigenar o cérebro e o mais importante perder várias calorias...
Hoje eu me permito ser interessante e interessado, me permito ser paquerado e paquerar, amar e ser amado, não corro mais atras de ninguém, não suplico o amor de ninguém e não dou o meu amor a quem não quer me fazendo presente no mundo e para o mundo simplesmente, acredito que o amor é eterno e se for vivido e nutrido será intenso, pois aprendi que não se ama sozinho. Deixo o passado guardado em uma gaveta chamada lembranças e digo se ele voltar, seja bem vindo, mas saiba que o amor nunca mais será o mesmo e a relação estabelecida não será nem um pouco semelhante a anterior, pois cresci e tenho no peito uma cicatriz que não significa amargura e sim força interior de vida e de luta.
Depois de muito esforço deixarei as coisas fluirem simplesmente por seu fluxo, viverei cada dia e cada momento de uma única e inexplicável vez, e me permitirei ser feliz e deixarei que um novo amor brote em meu peito para a vida e pela eternidade, digo a mim mesmo que o novo tempo chegou e o passado ficou lá atrás, as pessoas podem ser as mesmas, mas seus destinos e vivencias são diferentes, digo também que me permitirei viver e voltar a amar e ser amado por um ser diferente que me trouxe as fadinhas novamente para a minha vida e colocou em meus olhos um brilho chamado esperança...

sábado, outubro 21, 2006

Perfume da saudade

Quando adolescente fui apresentado a uma pessoa que me fez pensar na vida, me fez refletir as minhas fraquezas e as minhas conquistas, me ajudou a ser forte para esconder os meus medos, me fez lutar quando na verdade eu apenas queria sentar o chorar a vida como uma criança que perde o doce. Bem! Essa pessoa tão especial chama-se Clarice Lispector, ela me incomoda, me irrita, me atrai, me faz rir, me faz chorar e o mais importante, me faz pensar naquilo que por ventura fiz e faço dos seguntos, minutos, horas, dias, semanas, meses e anos que me são ofertados pela vida.
Mas o que ela quer dizer com isso? Uma vez tive acesso a um texto seu com o título "Perdoando Deus", uma obra magnífica em que com classe e destreza ela mistura incompreensões e compreensões, humildade e prepotência, amor e ódio. Mas o que ela quer dizer com isso? Ainda me pergunto, o que ela quer dizer com isso? Quem é Deus? O que Ele quer de mim? Quem é o Rato?
Ao encontrar Clarice, fui me reconhecendo, me identificando e formando meus valores e pretenções de vida, ela me ensinou a ser livre e dono do meu destino, mesmo que o Rato apareça para me colocar medo e pavor... O Rato... E a cada vez que leio este texto, me pergunto o que é o Rato? Quem é o Deus?
Passo por um período de amadurecimento e de transformações em minha vida, em meu coração, nos valores que persigo nos meus dias. Hoje eu posso dizer que AMO, mas sei também que esse sentimento pode ser tanto magnífico quanto ignóbil para o ser amado, mas enfim, amo e é isso que me importa neste exato momento, em mais uma reflexão sobre a vida, para a vida, na vida.
Quando Clarice disse do seu rato, de tudo que não precisava ser lembrada e do terror que percorreu o seu corpo, comecei a fazer paralelos com os meus ratos e de tudo aquilo que também não quero ser lembrado, das inúmeras contas erradas que por ventura realizei para justificar o meu amor, para justificar a mim mesmo que a soma nunca seria passível de subtração.
"...mas quem sabe, foi porque o mundo também é rato, e eu tinha pensado que já estava pronta para o rato também. Porque me imaginava tão forte. Porque eu fazia do amor um cálculo matemático errado: pensava que, somando as COMPREENSÕES, eu amava. Não sabia que, somando as INCOMPREENSÕES é que se ama verdadeiramente (...) "- Clarice Lispector
Pois bem, eu cometi esse erro! somei e esqueci que o amor nunca será passível de se quantificar a não ser de sentir, achei que quantificando a minha intensidade de viver e de amar, saberia recuperar os obstáculos apresentados pelo destino, e simplesmente os transformei em oferenda para alguém que não as queria naquele momento.
" (...) Porque eu, só por ter tido carinho, pensei que amar é fácil. É porque eu não quis o amor solene, sem compreender que a solenidade ritualiza a incompreensão e a transforma em oferenda." (...) - Clarice Lispector.
Talvez não fui capaz de compreender que o amor sempre esteve presente em minha vida, que tudo que eu pretendia era me encontrar com ele, sem perceber que em mim ele sempre morou e eu nunca fui capaz de percebê-lo e nutrí-lo para mim mesmo e fazer da minha pessoa o ser amado, pois ainda me deparo com meus ratos.
Nesta semana, tive que me encontrar novamente com os meus ratos, que chamei carinhosamente de "Perfume da Saudade", pois bem! Deus não me apresentou um Rato ruivo com os pés esmagados que me trouxe pavor e terror, esta semana ele me apresentou um perfume e a saudade que doeram mais que qualquer outra coisa.
Estava eu a caminho do trabalho, com o pensamento livre e limpo como jamais esteve, não pensava em nada a não ser no vazio do universo e do silêncio etéreo dos pensamentos, e mais que de repente sinto um perfume, o perfume Dele?... Em apenas um segundo o meu coração acelerou, minhas pernas ficaram trêmulas, os meu olhos marejaram-se de lágrimas e a minha mente trouxe tudo aquilo que o meu coração quer esquecer e não consegue.. .Sim! ele voltou, com força e intensidade que nunca quis antes, ele voltou!
Os meu pensamentos se tornaram poluídos de recordações e de momentos felizes que Ele lá estava, lembrei automaticamente de como era bom deitar em seu peito no meio da noite quando sentia frio e estava cançado depois de um dia longo de trabalho, do seu abraço que me fazia recobrar as energias e sorrir antes que os sonhos tomassem conta de minha noite. Lembrei do seu sorriso de criança, de suas brincadeiras, de sua voz, em apenas um segundo ele se transfigurou em meu peito e perturbou o meu dia.
Neste dia não tive mais pensamentos para nada e ninguém, a cada espaço de descanso que me desfrutava, ele tomava conta do meu sossego e do meu coração, esse perfume permaneceu em minha alma até o exato momento que escrevo este texto e digo a todos, inclusive a mim mesmo que não fui forte o bastante para esquecê-lo...
Tudo que Clarice me disse se concretiza em apenas um perfume, ele veio e invadiu a minha vida sem ao menos pedir licença e me atormentou o coração, esteve ao meu lado e se foi sem ao menos se despedir, sem ao menos me dar a oportunidade de ver em seu olhos o adeus, e por incrível que pareça me deixou lembranças que um perfume reaviva e deixa o peito inquieto e a saudade latente.
Agora tento viver e a me manter inteiro e forte diante de minha fraqueza, tento dizer que nada é inexorável a não ser esse amor que em mim persiste e a cada dia me mostra que eu não poderei percorre-lo se antes não sentir que ele nunca foi embora nem se adormeceu, sem dizer ao meu coração que o objeto de amor deva ser a mim mesmo antes de ser o outro, embora o outro se torne tão importante quanto a si mesmo. Enquanto eu não me amar só porque não aprendi a ter carinho pelo que sou, nunca saberei amar a ninguém, enquanto eu não me desejar com tanta intensidade e vivacidade que um dia te desejei, e assim, Ele não irá estremer o meu coração com um simples perfume, enquanto isso não acontecer, e não se tornar força pela força e não simplesmente para esconder a fraqueza nunca mostrarei o que realmente desejo e sempre transparecerei o menino medroso que as lembranças estragam o dia... Aprendo a dizer NÃO e a nunca mais transformar o amor em cálculos, mas entender que mesmo sem compreensão e na incerteza podemos amar verdadeiramente.

quinta-feira, outubro 12, 2006

Insistência...

Silêncio por favor
Enquanto esqueço um pouco a dor no peito
Não diga nada sobre meus defeitos
E não me lembro mais quem me deixou assim
(Paulinho da Viola, in "Pra ver as meninas")
Silêncio por favor é isso que peço para o meu coração, silêncio. Por favor se cale e não diga o que sente, não repita mais uma vez que está doendo, que está chorando, que está amando. A cada dia insisto, a cada dia me machuco cada vez mais, eu quero esquecer quem me deixou assim, mas não consigo, infelizmente não consigo.
Mais uma vez tentei esquecer, saí com um outro para não te ver, para não pensar em você e apenas me frustrei ao olhar para o lado e não te encontrar, será sempre assim? As vezes penso que você morreu para me confortar com a viuvez da sua ausência, do seu carinho, dos seus beijos, dos seus braços, mas meus sentimentos me traem e minha mente sempre me alerta de que estas vivo, só estas distante...
"Abololô, Abolocô
E a saudade vem
Vem pra dizer que no peito
Há vazio há falta de alguém
Abololô, Abolocô
E a saudade vem
Vem pra qualquer um qualquer hora
Por alguém que foi pra longe já volta
Foi pra não mais voltar
Gente que sente e que chora
Alguém que foi embora
(Marisa Monte, in Abololô)
Porque eu insisto em tê-lo ao meu lado mesmo que seja na memória? Porque que insisto em amar o que está lá e não sabe se voltará? Porquê? Sei que a vida foi vivida e o sonho se realizou, sonho este que intensamente vivi, que intensamente pude viver.
Vejo que sempre vou te amar, mas eu quero me libertar e algo lá no fundo diz para eu ficar, pode ser paranóia e justificativa para não te largar e estar sempre a sua espera, mas também me pergunto, é loucura? Ou é mesmo amor?
Hoje eu saí novamente para não estar mais ao seu lado, para não tê-lo no coração para ouvir apenas um não dito pelo meu coração, e eu nunca ouço! Nunca escuto essa palavra simples e cheia de significados capaz de me fazer transformar tudo e nada ao mesmo tempo, capaz de me libertar e me aprisionar em mim mesmo.
"Pedi você
Pra esperar 5 minutos só
Você foi embora sem me atender
Não sabe o que perdeu
Pois você não viu, você não viu...
Como eu fiquei
Pedi você
Pra esperar 5 minutos só
Você foi embora
Sem me atender...
Pois você não viu
Não sabe o que Perdeu
Pois você não viu, não viu, não viu
Como eu fiquei
Dizem que foi chorando, sorrindo, cantando
Os meus amigos, até disseram
que foi amando, amando
Pois você não sabe, você não sabe
E nunca, e nunca, e nunca, e nunca
Vai saber porque
Pois você não sabe quanto vale 5 minutos, 5 minutos na vida."
(Jorge Ben in Cinco Minutos)
Pois é, pedi a você cinco minutos e você me pediu 12 meses, não sei quanto vale cinco minutos na vida, porém a duras penas aprendi quanto vale 12 meses na vida de quem ama, de quem não possui respostas, de quem não olhou nos olhos e viu o adeus, de quem não teve a oportunidade de despedir com o calor do corpo, com o olhar da verdade e do fim. Não tive cinco minutos para olhar em seus olhos e saber o que o seu coração diz, para dizer de coração que o amor persiste e dizer a este mesmo coração que o adeus é necessário e faz parte da vida.
Estou a 12 meses sem entender o que aconteceu, a 12 meses pedindo respostas ao meu coração que nunca me responde, você não me responde, apenas disse com voz chorosa e medrosa que não havia coragem de dizer adeus, que seus olhos não estavam prontos para olhar para os meus e dizer ADEUS...
Hoje escrevo para me confortar e me convencer que acabou, mas meu coração insiste em dizer que não, que ainda há esperanças de estar ao seu lado, porém a Poli insiste em esquecer o que passou e chegou ao fim, mas o coração dela diz que o tempo é necessário... Eu quero te esquecer não consigo, eu quero tê-lo ao lado e não tenho, eu quero te ver e não vejo, não aguento mais me frustrar com o mundo que me cerca e a vida que não me convence mais... Só queria dizer adeus, mas não consigo, há ainda esperança no coração que não quer que você desapareça de dentro dele... Eu sei que sinto, mas não sei o que o destino me prepara... se está ao seu lado ou apenas mais lágrimas e dores que um dia vão cicatrizar... hoje apenas se castigar o meu pobre coração que o aguarda com amor e carinho, como o dia que meus olhos encontraram os seus e o sorriso veio à face como um raio de sol que aquece o dia, a alma e a vida daqueles que amam, que riem e que choram por aqueles que se foram e não voltam, ou simplesmete não sabem que o caminho de volta continua aberto para os seus passos...

sábado, outubro 07, 2006

Não adianta chorar, vá a luta!

"O que você fez para mudar a sua situação? Não adianta chorar, vá a luta!"
Essa é uma idéia que está presente no filme que assisti pela segunda vez no cinema hoje, "O Diabo Veste Prada" é glamour puro, mas também não posso negar que possui um fundo reflexivo muito grande também. Este filme nenhum gay pode deixar de assistir, pois mostra o fantástico mundo da moda com seus pontos positivos e negativos, assim como as grandes grifes do mercado como por exemplo, Dolce & Gabbana, Chanel, Versace, Manolo Blahnik , Armani, Arezzo entre outras, e claro não posso deixar de esquecer Prada, são sapatos, vestidos, acessórios lindos de morrer, tudo que uma mulher precisa para estar linda e glamurosa.
E como eu ía dizendo ele também possui uma história que nos leva à reflexão, e o que me marcou foram dois pontos - as escolhas que fazemos em nossa vida e o preço que pagamos por elas. Escolher não é uma coisa fácil e pagar o preço por elas muito menos, mas ao longo do filme fui revendo muito de minha vida e daquilo que escolhi para ela, pois é sempre forte e impactante rever nossas ações e principalmente nossas escolhas.
Percebi que todo o tempo que gastei foi dedicado à escolher, o sapato, a roupa, o curso, o trabalho, o namorado, enfim uma série de coisas que nos fazem ser o que somos através do tempo (o através aqui é empregado no sentido de atravessar mesmo). Estas questões pra mim nunca foram tarefas fáceis, sei que consigo realizá-las tranquilamente, desde que os fatores não envolvam os sentimentos, o coração.
O curso universitário foi uma das escolhas mais importantes de minha vida, adorei fazer o que fiz, e hoje tenho que arcar com as conseqüência dessa famigerada decisão, preciso me adaptar à um determinado padrão de vida, as condições de trabalho, as atividades profissionais pertinentes ao curso realizado, e vejo que hoje me deparar com todas estas questões por mim encontradas é algo custoso, mas consciente do que fiz e escolhi da vida.
As primeiras relações sexuais e amorosas também passaram pelo mesmo crivo, claro que se trata de um ponto complexo de minha vida, e por mais que não admita passei por crises de identidade e aceitação terríveis, mas enfim assumi a minha escolha. Mas toda ação há sempre uma reação, vivi relações sexuais desastrosas e algumas prazeirosas, me apaixonei milhares de vezes e amei perdidamente um único homem que o destino não sei porque me afasta e me liga a ele até hoje.
Nunca poderia imaginar que amar seria tão importante e significativo dentre todas as escolhas que fiz na vida, aprendi que amar também é uma escolha tão importante quanto qualquer outra que façamos, e que isso nos deixa vulneráveis a tudo inclusive a nós mesmos.
Pois é escrevo este texto para dizer que depois de trancos e barrancos, eu assumo as minhas escolhas. Assumo a minha escolha profissional, sexual, afetiva, emocional e amorosa, escrevo estas linhas na tentativa de refletir sobre os caminhos por mim trilhados de maneira turbulenta e por horas tranqüila, para dizer a mim mesmo que fui e sou feliz. Eu assumo o meu amor pelo homem que me completa, a atração que sempre me leva para o lado dele de maneira inconsciente, da loucura que tenho em viver esse amor com as suas maiores e menores conseqüências de maneira intensa e verdadeira.
Instauro neste momento o "Tudo ou Nada" das minhas escolhas e iniciarei um processo do fazer e não apenas do chorar, pois afinal de contas Poli você é segura de si e da situação, e assim meninas e meninos vamos vivendo, seguros e seguras da situação que a vida nos apresenta e o destino nos traz.
Poli você é a dona da história, você é a única pessoa capaz de mudar e transformar a sua tristeza em alegria, o seu sonho em realidade, o seu desejo em concretude e ir de encontro com o seu destino, passar por cima do medo e do orgulho e dizer de uma vez por todas, olhos nos olhos, coração no coração o mais intenso e esperado EU TE AMO...

domingo, outubro 01, 2006

Confesso...

"Confesso, acordei achando tudo indiferente
Verdade, acabei achando cada dia igual
Quem sabe isso passa sendo eu tão inconstante
Quem sabe o amor tenha chegado ao final"
Hoje acordei num estado de estranheza comigo mesmo, as coisas parecem iguais e diferentes ao mesmo tempo, os nós estão nos mesmos lugares, os sonhos não se realizaram, os corpos não se encontraram, o amor não aconteceu. Tem dias que as coisas acontecem, e do nada tudo parece estagnado e vem na boca o gosto do fel da incompetencia, da ilusão e da frustração.
Começar o dia cantando as músicas da Ana Carolina embalada com um ar melancólico da Adriana Calcanhoto, e para ajudar no estado de espírito é domingo e o dia está nublado, é eleção e mundo parou, pelo menor pra mim as coisas pararam neste exato momento.
Por vezes devemos ser persistentes como o David do filme Inteligencia Artificial que lutou durante séculos e milênios pelo amor que acreditava não ter tido, por amor fazemos loucuras, por amor nos questionamos e ficamos sempre assim, desejosos e esperançosos por tê-lo novamente em nossas vidas.
Ah! Como é bom sentir o calor do amor em nosso peito, como é maravilhoso sentir o peso do seu corpo sobre o meu na noite fria, como faz falta a sua voz me chamando pela casa, do seu perfume em minhas mãos, do seu olhar doce e inocente quando está triste,ou simplesmente pede atenção. Eu confesso que não consigo te esquecer, que a cada dia me vejomais envolvido pela lembrança de sua presença em minha vida e pelos sonhos de felicidade que um dia nutri em meu peito.
"Eu quero te roubar pra mim
Eu que não sei pedir nada
Meu caminho é meio perdido
Mas perder seja o melhor destino"
Se pudesse te roubara pra mim, se pudesse que enlaçaria ao meu lado com amor e carinho, se pudesse estaria sempre contigo, mas o amor persiste tavez apenas em mim, mas quem sabe em você ele tenha passado. Meu peito grita de saudade, minha alma deseja a sua, meu raciocínio não agüenta mais tentar te esquecer, a sua distância me deixa ainda mais saudoso por sua volta, e a sua volta parece não existir.
Vou deixar de escrever por aqui, pois não sei se algum momento alguém pensou em mim no etéreo mundo que as lágrimas percorrem e chamam ao amor que um dia se foi, assim como um dia chorei de felicidade, hoje choro de tristeza e espero que logo mais chorarei de alegria, amor e felicidade com a sua volta meu amor. É ilusão eu sei, mas preciso dela para estar neste momento escrevendo, lutando e percorrendo os dias e as noites pra te encontrar quem sabe um dia do outro lado da rua, e se a ilusão persistir e se concretizar, chorarei mais uma vez e no final das lágrimas, dos olhos vermelhos tentarei pensar novamente na vida, mas sem a esperança de estar novamente ao seu lado.